Comer, Rezar e Amar: Qual é o maior desafio da vida?

Ao acompanhar uma jornada de autodescoberta, nós começamos a aprender mais sobre nós mesmos

É muito louco ver como mudamos ao passar dos anos (ou até mesmo em meses, semanas), que os nossos gostos, pensamentos, ideias podem mudar, assim como nossos sonhos. Lembro de estar na escola quando assisti pela primeira vez ao filme “Comer, rezar e amar” e eu não tinha gostado da história, não entendia qual era o motivo de tanto sucesso e o critiquei bastante, falando que não iria assisti-lo novamente.
Mas é aquela coisa, nunca diga “dessa água não bebereis”, eu bebi. No final de 2019 assisti ao filme que tanto critiquei quando jovem e de verdade? Que bom que reassisti porque se tornou um dos meus filmes favoritos. 

Comer, rezar e amar

Baseado no Best-seller com mesmo nome, “Comer, rezar e amar” conta a história de Liz, uma mulher que tinha a “vida perfeita”, sempre teve tudo, escritora famosa, morava em uma casa bacana, era casada, saía com os amigos. Uma vida que seguia os padrões que a nossa sociedade dita, mas ela não conseguia mais se sentir feliz.
Em meio aos caos amorosos e de identidade, Liz decidiu viajar por um ano para se reencontrar.

"A ruína é uma dádiva. A ruína é o caminho que leva a transformação"

Quem nunca se sentiu em meio ao caos? Quem nunca teve problemas? Todos nós temos lutas diárias, em diversas proporções, e muitas vezes não somos capazes de mudar a realidade, mas podemos escolher como vamos vivê-la e com qual olhar teremos diante a situação.

Itália Comer, rezar e amar

“Todos queremos que as coisas permaneçam iguais. Vivemos infelizes com medo da mudança, de arruinar tudo”

Em seu primeiro destino, Itália, Liz voltou a ter prazer em comer e em não fazer nada, apenas viver os pequenos prazeres da vida, que perdemos na correria do dia-a-dia.
Qual foi a última vez que você comeu com calma, apreciando o gosto da comida? Qual foi a última vez que você não fez nada, só respirou? Qual foi a última vez que você esteve ao lado dos seus amigos/família por completo, curtindo apenas aquele momento? Não precisamos estar na Itália para apreciar a comida ou curtir o momento ou estar ao lado das pessoas que amamos. É preciso apenas parar de correr e parar de dar desculpas, é possível (na verdade, necessário!) ter um tempo para si.

Índia Comer, rezar e amar

"Trabalhe a mente, é a única coisa que você deve controlar, porque se você não pode controlar seus pensamentos, você estará em apuros para sempre"

Na Índia, Liz conhecerá as filosofias orientais para encontrar o perdão de não conseguir levar o casamento até o fim de sua vida. Acreditava que o perdão deveria ser do seu ex-marido, mas descobriu que o verdadeiro perdão tem que ser para si, pois só ela é capaz de seguir em frente com a sua própria vida.
Há muitas práticas orientais que estão se popularizando no ocidente - meditação, por exemplo - que faz com que nós possamos nos olhar, olhar o nosso interior e entender mais o que passamos, quem somos e o que faremos, mas, devido a correria, esquecemos de nos olhar. Estamos buscando a aprovação dos outros, mas a maior aprovação que teremos será a de si próprio, porque só você sabe a seu percurso, suas dores e conquistas, as razões de suas escolhas. Então, em vez de ficar buscando a aceitação do outro, foca no seu perdão, na sua aceitação que, consequentemente, terá a dos outros (e, se não tiver, será que é tão necessário assim?).

Bali Comer, rezar e amar

"A única maneira de curar é confiar. Um coração partido significa que você tentou alguma coisa."

Na Indonésia, Liz aprende o equilíbrio, seu medo era voltar a amar o outro e esquecer de se amar, como tinha feito no passado. Mas, ao se fechar, iria parar de confiar na vida, nos outros e nas suas escolhas, perdendo oportunidades que vai além do amor.
E você? Confia na vida? Confia no outro? Se entrega aos seus sonhos? Se joga na possibilidade do futuro? Não temos certeza de nada e nunca teremos, porque a vida é louca, com altos e baixos, mas um dos maiores arrependimentos das pessoas é nunca ter tentado algo que queria, não ter confiado que o “e se?” fosse positivo, porque mesmo se der errado, você ao menos tentou.

"Melhor viver o seu próprio destino de forma imperfeita do que viver a imitação da vida de outra pessoa com perfeição. Agora comecei a viver a minha própria vida. Por mais imperfeita e atabalhoada que ela possa parecer, ela combina comigo, de alto a abaixo."

A viagem de Liz foi o caminho que ela encontrou para enfrentar seus medos e se reinventar, foi a trajetória que ela aprendeu a transformar sua vida e as situações que passou.
Cada um de nós temos o nosso caminho, completamente diferente um do outro, porque somos únicos. Erramos, acertamos, fazemos escolhas “diferentes” porque cada um de nós é único, cada um tem seu pensamento, sua trajetória, sua marca. Então, por favor, pare de tentar ser outra pessoa e comece a se escutar, porque a pessoa que mais sabe da sua história é você.

Comer, rezar e amar é uma história que nos apresenta as semelhanças e diferenças dos seres humanos e que cada um é único e tem seu caminho nessa jornada chamada vida. E o maior desafio dela é viver!

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